sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mitos da Geração Y

Imagem: Dreamstime
Muito tem se falado nos últimos anos sobre a tal Geração Y e sobre os inúmeros enigmas que envolvem a sua administração.

Entende-se a Geração Y como jovens adolescentes nascidos entre os anos 80 e 90, filhos da Geração X (nascidos entre os anos 60 e 80) e netos dos Baby Boomers (nascidos no final da década de 40 quando houve uma explosão populacional).

Nas organizações esta geração é vista da seguinte forma:
  • Jovens da era da tecnologia
  • Excessivamente confiantes
  • Buscam reconhecimento rápido, sobretudo, salariais
  • Ambicionam flexibilidade nas regras de trabalho, incluindo horários e se possível, a opção de trabalho remoto
  • Preferem uma forma de comunicação indireta e com vasta interatividade social
Em palestra ministrada por Alexandre Santille no 37o Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas – o CONARH/2011 - que aconteceu entre os dias 15 e 17 deste mês em São Paulo - muitos dos mitos que rondam o tema foram desmistificados.

A partir de diversas pesquisas realizadas em vários países, uma delas com 15.676 candidatos a TRAINEES (e portanto, pertencentes a Geração Y) e com 362 gestores, que trabalham e trabalharão com esse perfil de jovens profissionais), os resultados trouxeram informações significativas sobre os anseios e particularidades reais destes jovens.

Abaixo seguem alguns dos mitos e respectivos indicadores que levaram à conclusões bem diferentes das imaginadas pelas organizações e seus gestores:

Mito 1: “Geração Y tem pressa"
Quando questionados sobre carreira e sua ascensão, 56% dos entrevistados disseram que querem construir uma carreira sólida e de forma gradual e 32% disseram que buscam estabilidade e segurança.

Mito 2: ”Geração Y não é comprometida com seu trabalho"
Perguntados sobre a necessidade de dedicar mais horas ao trabalho, 48% dos jovens respondentes se comprometeriam a ficar mais tempo dentro da empresa para realizar as tarefas.

Mito 3: ”Geração Y valoriza demais o dinheiro”
Foram mencionados pelos jovens como principais fatores de retenção o Plano de Carreira (64%) e Novos Desafios (56%) em detrimento aos aspectos relacionados à remuneração.

Mito 4: “Geração Y quer mudar de emprego o tempo todo"
38% dos jovens respondentes disseram que não tem a intenção de sair do emprego nos próximos 3 anos e 37% não tem essa intenção para os próximos 12 meses.

Outros índices foram mencionados contribuindo para uma revisão da imagem que se faz hoje da Geração Y.

Como gestores de Recursos Humanos e como profissionais das organizações uma mensagem importante deve ser registrada e foi reforçada por Alexandre Santille:

Esta geração deve ser tratada simplesmente como de jovens entrando no mercado de trabalho e com anseios e expectativas alinhadas ao seu ambiente, à sua época e às demandas do mercado atual”.

Estejam estes jovens dentro de uma organização (como profissionais) ou fora delas (como consumidores), naturalmente, possuem necessidades diferentes. Portanto, as políticas e ações de RH devem estar em consonância a estas necessidades e não vinculados aos estigmas e mitos atribuídos a esta geração.

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