quarta-feira, 13 de julho de 2011

Saúde Corporativa

A riqueza de uma empresa depende da saúde dos trabalhadores
(Maria Neira, diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No recente workshop “Encontros de Saúde Corporativa”, organizado pela CPH Health e realizado no auditório do hospital Sírio Libanês no último dia 30 de junho, especialistas apresentaram as tendências nos estudos sobre saúde corporativa e mostraram as práticas atuais de grandes organizações.

O tema é de total interesse das organizações uma vez que tem se tornado um grande desafio a administração dos elevados custos médicos e da sinistralidade entre os colaboradores. O primeiro a se apresentar foi Sean Sullivan, presidente da IHPM (Institute of Health and Productivity Management) que falou sobre os impactos da saúde na produtividade e como a implantação de programas de saúde e uma gestão da saúde bem sucedida pode contribuir para os resultados das organizações.

Várias etapas devem ser seguidas na construção de um modelo de Gestão de Saúde Corporativa. Uma das mais importantes, mencionadas durante o evento,  foi o mapeamento dos  fatores de riscos da organização, que pode ser efetuado a partir de análises clínicas de seus colaboradores, dos relatórios relacionados aos sinistros, dos fatores desencadeadores de doenças naquele modelo de negócio (e as possíveis causas de acidentes de trabalho), das principais causas motivadoras de afastamentos.

Através do levantamento do  maior número possível de indicadores é possível verificar os riscos iminentes em uma organização. Quanto maior o número de riscos identificados, mais elevados serão os custos  médicos. A partir deste levantamento e das posteriores análises, deve-se implantar programas de saúde  para reduzir os fatores de incapacitação (neste caso ações corretivas) e de programas educativos (ações preventivas) que busquem o envolvimento de seus agentes.

A busca de engajamento para o estabelecimento de uma “cultura do bem estar” destaca o papel das lideranças neste “compromisso com a saúde” para a realização das mudanças desejadas. “Liderar pelo exemplo” é outro aspecto fundamental para a adesão e sobrevivência dos programas. O uso de sistemas e ferramentas de avaliação capazes de mensurar os efeitos da saúde na produtividade e dos programas de saúde corporativa, não medindo apenas os processos(ie. quantas pessoas estão envolvidas, engajadas e atuando nos programas implantados) mas efetivamente medindo os resultados (o que se tem alcançado, modificado) é outro aspecto considerado determinante no processo.

“Apaixonados pela vida”, “ Como inspirar as pessoas a mudar sua vidas”, “investir em saúde pela conscientização, auto estima, melhora de saúde, orientação estratégica, atração e fidelização de talentos e manutenção de uma população saudável”  são citações de  programas e objetivos (respectivamente) de grandes organizações como a  TAM, a Abbott e a Vivo  apresentados no evento, organizações que possuem programas voltados à Gestão da Saúde que já trazem resultados efetivos para as pessoas e para os negócios.

Os  eventos relacionados à saúde buscam a mudança de paradigma e a  interiorização de uma nova filosofia:  cuidar da saúde e não apenas tratar de doenças. Ações preventivas devem reduzir os custos médicos e os elevados impactos para o negócio bem como propor ações sustentáveis que impactem positivamente na vida das pessoas, através de mudanças de hábitos.

Veja mais em: ABQV

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